AS BORBOLETAS E A CAPACIDADE DE TRANSFORMAÇÃO
As borboletas são
insetos apreciados por sua beleza, pelo encanto de suas
asas e pela sua transformação. Elas existem no
mundo inteiro e são vistas como seres de renovação, de vida nova.
As borboletas se
tornam temas de inspiração de autores,
artistas, compositores,
músicos que buscam
na beleza deste inseto
a criatividade para falar
da vida. Dizem especialistas que borboletas enxergam
muito bem, seus olhos identificam
com clareza as cores, suas antenas
ajudam a identificar o alimento e a
pressentir situações de perigo. Suas
patas possuem sensibilidade para
identificar plantas tóxicas e prejudiciais. Também são elas grandes
agentes polinizadores, espalham sementes e o pólen das flores. Algumas
espécies migram por longas distâncias e fazem “amizade” com outros
insetos. Criam uma relação simbiótica, ou seja, criam uma relação entre
diferentes espécies para se ajudarem
mutuamente. Quando surge a metamorfose, durante a fase de lagarta,
ela se alimenta vorazmente para ter
reservas alimentícias e aguentar o
próximo ciclo de vida que é o casulo.
O que este ciclo de vida tem a ver
com nós, seres humanos? Em primeiro
lugar, a beleza da criação de Deus não
está apenas nos olhos do ser humano.
E também a arte de criar o mundo não
se resume só ao belo. Tudo foi feito
com um propósito, moldado com mãos
bondosas, amorosas e graciosas para
haver o movimento da vida. A criação é
As borboletas e sua capacidade
de transformação
um movimento de encanto e de paixão
de Deus. Tudo foi criado para tudo. E
houve o tempo em que o próprio Deus
parou, descansou e olhou para apreciar. E viu ele o que criara era muito
bom e muito belo.
Em segundo lugar, o ser humano
ainda é pequeno diante da majestade
do universo. O salmista pergunta por
todos nós: Deus, quem somos nós
diante de tanta grandeza e beleza?
Por que te preocupas conosco? E para
se consolar, o salmista olha ao seu redor e percebe a realidade fatídica do
próprio ser humano, um ser pequeno,
mas com uma visão de dominador sobre tudo que o cerca. Então, que ser é
este que se julga no direito de matar
em demasia, plantas, animais, pássaros, peixes e todos os seres que vivem
no mar? Como pode um ser humano
cantar maravilhas a Deus se não cuida
do que vive ao seu redor?
Por isso, o ciclo de vida da borboleta tem nos ajudado a compreender
melhor a vida da natureza e, principalmente, a ação do ser humano. Trago
um pequeno fato acontecido na minha
casa para ilustrar. Moramos ao lado
Meditação
de um Lar de Idosos
com muitas árvores altas. No mês passado,
tenho observado duas
enormes larvas (lagartas) espatifadas na
entrada da nossa garagem. E só as enxerguei
ali porque, certamente,
as amassamos sem
querer. Por sorte uma
semana depois, quando num domingo de
manhã, a nossa filha
estava tentando armar
uma barraquinha para
as duas filhas, encontramos nela uma larva bem transformada, já quase em formato de casulo.
Com todo o cuidado a transportamos
a um tronco de uma árvore.
Esse acontecimento me fez refletir e
me fez compreender ainda melhor o esforço e a dedicação que Deus tem para
cuidar de toda a vida. Em qualquer ser
vivo se vê uma ação e nesta ação se
esconde uma força que rompe as barreiras estabelecidas pelo ser humano. A
vida é protegida por si só, pela própria
natureza, assim como o salmista confessa: a tua grandeza, Deus, é cantada
pelas crianças. Quer dizer, os mais frágeis, os mais simples e os mais naturais
cantam para a grandeza divina, porque
se sentem por si só protegidos.
Portanto, a nossa missão é essa,
abraçar a vida simples e natural, abraçar crianças, cuidar o espaço de vida
que Deus nos confiou. E se nossas
mãos forem de Deus, com certeza serão mãos protetoras e mãos suaves
como as próprias mãos de Deus.
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